sexta-feira, 22 de outubro de 2021

'O Filho de Chucky' é tão ruim como dizem?

 











Chucky e sua mulher assassina, Tiffany, se encontram ambos mortos. Don Mancini, decidira homenagear os atores que deram vida aos bonecos assassinos, ou melhor, dar enfoque à atriz Jennifer Tilly, que dera vida à Tiffany, fazendo sua voz. Os assassinos, tiveram sua lua de mel em 'A Noiva de Chucky', Tiffany, parira o filho do casal, que se mostrara uma criatura carnívora.


 

Nasce um monstro.

Apesar do horror visceral que o filho do casal mostrara em 'A Noiva de Chucky', Mancini descartara a grande oportunidade de trabalhar a chance que lhe fora concedida em tornar a franquia do boneco assassino extremamente sanguinolenta. 'O Filho de Chucky', se desvencilhara do horror insano para dar lugar à um filme deveras divertido de assistir, ou, para muitos, uma atrocidade, considerando o quanto ele fora repudiado. Os técnicos em efeitos especiais, mal sabiam que ambos bonecos assassinos poderiam ressuscitar por conta de seu filho, um boneco perdido que estava tentando se encontrar em busca de sua origem. Mancini, decidira jogar com o público, fazendo com que o mesmo pensasse que o filho herdaria o sangue de seus pais e então assassinatos brutais ocorreriam logo de início, mas tudo não passara de um sonho ruim, os monstros eram na verdade os humanos, que exploravam o boneco como algo aberracional para a alegria de sua platéia que pagara para assistir o show.




O filho perdido.

Quando os bonecos assassinos são pegos na revelação de que seu filho não é nem homem e nem mulher, o boneco se dividira em duas vidas, Chucky, seu pai, tentara transformá-lo em um assassino cruel, na intenção de ser o seu herdeiro, já a sua mãe, Tiffany, decidira mudar de vida, ela não quer ser mais uma assassina, embora tenha altos e baixos que faz com que ela volte a matar. A trama fluíra naturalmente, e ficara a pergunta, o que 'O Filho de Chucky' tem de tão ruim para ser tão repudiado?


A decepção de Chucky.

Don Mancini, tem a oportunidade de trabalhar o politicamente incorreto em praticamente todas as cenas de 'O Filho de Chucky', incluindo uma cena de masturbação do brinquedo assassino que homenageara uma gostosa que estampara a capa da revista 'Fangoria' (publicação especializada em terror) e a morte de Britney Spears em sua fase teen mais insuportável. Tudo o que havia de ruim e que odiávamos na década de noventa são homenageados da forma que só mesmo Chucky, em suas melhores épocas, poderia conceber. Há também uma cena que merecera destaque, e que, hoje, faria com que muitas feministas, com todo o seu 'empoderamento feminino', cancelassem Don Mancini ... o rapper, Redman, dá o bote em Jennifer Tilly (que interpretara ela mesma), dizendo que a mesma não é apropriada para o papel de Virgem Maria que o rapper teria em mente para o filme que ele dirigiria. Mancini, tem a liberdade para criar uma trama onde ambos personagens estariam errados em suas posturas, Redman, fora sincero Com Tilly sobre a escalação do elenco para seu filme, cuja primeira escolha para o papel se dera com Julia Roberts. Inconformada, Tilly se seduzira para o rapper, provocando-o e atirando-se em seus braços apenas para conseguir o papel, uma forma de Mancini mostrar toda a podridão hollywoodiana. Quando Tilly revelara para Redman sobre sua gravidez que, apesar dele não ser o pai da criança, ao menos veríamos se sua postura seria honrosa, o rapper tratara Tilly como lixo, cenas como essa, seria algo impossível de serem reconstituídas para os tempos atuais, já que, por conta do extremismo por parte dos vitimistas, seria considerado como algo deveras depreciativo.


A vingança.

'O Filho de Chucky', enfatizara o que é certo e o que é errado, prezando pelo politicamente incorreto e sendo espontaneamente divertido em seu desenvolvimento. Há também outro momento memorável por parte de Chucky, que se recusara a ser humano e se orgulhara de ser um boneco assassino.


Como um boneco, Chucky é infame, ele é um dos assassinos mais notórios da história, e ele não abrirá mão disso. ELE É CHUCKY, O BONECO ASSASSINO.

O que tivemos depois de 'O Filho de Chucky' foram dois filmes genéricos, onde Mancini descartara o filho do casal para recomeçar do início, com a alma do assassino se encontrando num novo boneco e a trama se tornando a mais óbvia possível. Chucky matando, novos personagens introduzidos, incluindo a atriz que é na verdade irmã do ator Brad Dourif (que seria iconizado na voz de Chucky) com toda sua inexpressividade, retorno de velhos personagens como serviço aos fãs da franquia original, uma horda de Chucky's e por fim o assassino transferindo sua alma para o corpo de uma mulher, com direito a uma cena de lesbianismo forçado por parte de Fiona Dourif e Jennifer Tilly, antecedendo o que se tornaria uma possível pauta progressista no seriado televisivo do boneco assassino.


Prólogo para a diversidade cultural.

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