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quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
Em "Creed: Nascido para Lutar"...Stallone passa o seu chapéu para um rostinho Hollywoodiano.
AVISO: o resumo abaixo contém S.P.O.I.L.E.R.S.
Não me levem a mal, não que esse "Creed" (vulgo "Rocky VII"... dentro do universo do filme anterior) seja um filme ruim, mas ele de longe não chega aos pés da emoção da boa e velha franquia "Rocky".
O fato é que Stallone perdeu o espaço para "novos talentos", e aqui o comandante é o ator Michael B. Jordan, que lamentavelmente não tem competência para segurar uma saga que foi tão bem representada por Sly com toda a garra e perseverança que o seu "Rocky Balboa" trazia, capaz de emocionar até aqueles de coração frio.
A trama de "Creed" é bastante simples: filho de Apollo Creed cresce como "garoto problema', até ser adotado por uma assistente social. Ele não se fixa em um emprego no ramo da informática... partindo assim para o boxe. Só que sua arrogância faz com que ele beije a lona rapidamente por boxeadores casca grossa.
O jovem decide então pedir auxílio à Rocky. Este que por sua vez duvida se esse "garoto" é mesmo o filho (perdido) de Apollo.
E após muita insistência, o Sr. Balboa ganha um novo pupilo. Mas esperem, já não havíamos visto isso em Rocky V?
Enfim, a trama se torna cansativa e até mesmo arrastada quando somos apresentados ao par romântico do jovem (que mais parece uma sósia da cantora Rihanna.
Um roteiro com desculpas esfarrapadas... completam o quadro. E claro que personagens da velha franquia são simplesmente mortos para que os novos floresçam.
Os poucos momentos divertidos do filme não aborrecem, mas servem apenas para que a trama se desenrole sem se tornar piegas. Como um "Rocky Gagá" e diálogos engraçadinhos por parte de B. Jordan e o seu par romântico.
Nisso... se sucede o momento que particularmente me desagradou. Rocky descobre que contraiu câncer, ele se recusa à se submeter a uma quimioterapia com receio de ter o mesmo destino que a sua amada "Adrian". Por isso ele decide deixar que a doença alcance o seu último estágio... com ele lutando. Como sempre fez a vida toda.
O momento que poderia ter sido o ápice com uma trama de 2h 13min... se torna apenas um festival barato com cenas ora bem coreografadas e ora embaladas por uma câmera lenta (slow motion) desnecessária.
"Creed" e "Rocky Balboa" (Rocky VI) seguem o mesmo patamar de filmes que você só consegue assistir uma única vez e dificilmente se interessa por uma revisitada.
Espero que este seja o último capítulo da saga "Rocky". Afinal... não há lógica em Stallone querer participar de outros filmes em que o seu personagem apareça como papel secundário.
BÔNUS: 1:07...cena da desfibrilação.
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