domingo, 27 de março de 2016

Em "Batman Vs. Superman: A Origem da Justiça", O Diretor Zack Snyder Elabora Uma Trama Bastante Densa...Mas Que Compensa da Metade Pro Fim.



Não serei hipócrita, nunca fui de acompanhar o universo da DC nos quadrinhos, exceto pela grande popularidade obtida com personagens como: "Batman: O Homem-Morcego" e "Superman: O Homem de Aço". Creio que não precisarei me estender quanto as mudanças que os tornariam mais sombrios no decorrer dos anos, até inevitavelmente ocorrer o grande encontro, botando-os frente a frente e ocasionando por fim em um grande embate.



A primeira vez que me deparei com um trabalho por parte do diretor "Zack Snyder", foi com a sua refilmagem de "Madrugada dos Mortos", na qual me causou uma tremenda repudia, perguntando-me o quão imbecil eu fui ao me prestar a ir ao cinema conferir um filme totalmente inexpressivo, daqueles que você se esquece logo quando termina de assistir.



Mas para a minha grande surpresa, Snyder conseguiu me surpreender ao juntar os dois maiores ícones da DC, o que para os mais pessimistas, seria como se a maior bomba fedorenta estivesse por vir. O "Batman Vs. Superman" dele não se trata apenas de um embate, que no fim, dependendo, poderia ocorrer até as últimas consequências, mesmo que um desses personagens bata as botas, que seria o desejo nunca realizado de qualquer fã alucinado de quadrinhos, mais precisamente falando, aquele fissurado por "lutinhas".



Inspirado na obra clássica de 1986 do cultuado "Frank Miller", Snyder apresenta uma trama bastante densa, de duas horas e meia de duração, o que provavelmente desagradará os fãs que esperavam um filme mais cru, no sentido dele mostrar o que o título apresenta. é Desnecessário dizer que os fãs de filmes "Stand-Up Comedy" da Marvel", não suportarão pelo menos 10 minutos da trama, portanto, podem sair da sala, Batman Vs. Superman não é para você, aqui você não presenciará uma destruição absurda com todos batendo palminhas no final e tão pouco um certo propósito que poderia fazer sentido, mas que é destruído com uma fala ou diálogo fora de contexto, resumindo: uma piada de mal gosto.



ATENÇÃO: O RESUMO ABAIXO CONTÉM S.P.O.I.L.E.R.S. (leia por sua própria conta e risco):

tudo começa com um Bruce Wayne (Ben Affleck) atormentado pelas lembranças do brutal assassinato de seus pais. Quando voltamos ao presente, ou seja, no momento da batalha do Super-Homem contra o General Zod na cidade de Metrópolis, o bilionário sente-se impotente contra uma ameaça que vai além de sua compreensão.

Detalhe na caracterização e interpretação do ator, "Ben Affleck", dando um gás e tanto no papel antes pertencente à Christian Bale.



Na visão de Snyder o Batman teria de ser um justiceiro sanguinolento, chegando até mesmo a torturar seus algozes mostrando quem é que manda em Gotham City.



Já o Superman (Henry Cavill) se encontra em um dilema total, mal interpretado pela humanidade e sempre acompanhado por sua amada e conselheira, "Lois Lane" (Amy Adams). Snyder trata de questões políticas relacionadas a forma como o Homem de Aço é visto perante o tribunal da justiça.



Não há muito o que comentar sobre a interpretação do ator "Henry Cavill" carregando o manto de Superman, ele é uma versão mais sombria, cuja densidade da trama é carregada sem que nada o comprometa. Como Clark Kent ele é praticamente a mesma pessoa, ou seja, é outra pegada, todos nós sabemos que nada poderá substituir o bom e velho homem de aço de Christopher Reeve sob a direção de Richard Donner, mas vale ressaltar que o Superman de Reeve era totalmente seguro de si, o de Cavill não.



A versão juvenil de Lex Luthor (Jesse Eisenberg) a princípio pode parecer uma piada de extremo mal gosto, passando a impressão de estar na lista das descaracterizações mais bizarras envolvendo vilões clássicos das histórias em quadrinhos. Mas o plano maquiavélico desse guri deixará você com os cabelos em pé.



A trilha sonora costumeira de "Hans Zimmer" (com a colaboração de ""Junkie XL"") pode soar mais do mesmo, mas soa como uma rajada nos momentos mais impactantes. Já nesse meio-tempo o espectador não suportará mais o clima soturno por parte da produção, incluindo fotografia e câmera lenta na sequência de sonhos e flashbacks, este último no qual reconheço que pode ter sido demais por parte de Snyder, onde por mais que toda essa densidade tenha um propósito, por se alongar demais da conta, para os desacostumados pode se tornar piegas com uma desculpa esfarrapada em querer transformar um filme de super-herói em algo absurdamente sério.



Mas a resposta para as nossas preces é que a partir deste momento o filme emenda com grandes sequências de ação por parte do "Psycho Batman" versus a criminalidade das ruas de Gotham, muito mais impactante do que as sequências de Nolan, eu pelo menos não reparei tanto no vislumbre do Batmóvel como reparei em "O Cavaleiro das Trevas", o que na minha opinião, achei o carrinho feio de doer.



Os veteranos, "Kevin Costner" e "Diane Lane" fazem suas respectivas aparições, Costner em um flashback e Lane com um papel que traria um gás para a trama, culminando no embate entre os dois titãs da DC. Batman está plenamente convicto de que o Superman representa uma grande ameaça (terrorista nível TOP), para isso ele trabalha em um traje especial com a ajuda de seu fiel serviçal, "Alfred" (Jeremy Irons de Gêmeos - Mórbida Semelhança)). A atriz "Gal Gadot" se enquadra na trama representando o papel da espiã princesa Diana.





A partir do momento em que Diana passa a descobrir informações secretas, vários personagens tradicionais dos quadrinhos começam a dar as caras.




(Assim como a refilmagem de "Conan, o Bárbaro", aqui Jason Momoa entra mudo e sai calado)

O plano de Luthor é usar o cadáver do "General Zod" com grandes pitadas de material bioquímico e um acréscimo por parte da kriptonita, transformando-o no "Apocalipse" (Juízo Final), um monstrengo máquina-assassina pra lá de ameaçador.



A mãe adotiva de Superman é usada como uma espécie de emboscada por parte de Luthor, para que o homem de aço vá ao encontro do psicótico justiceiro de Gotham.



QUEM SERIA O VENCEDOR DA LUTA ENTRE BATMAN VS. SUPERMAN?



O morceguinho leva a taça, com um super-traje ele surra o homem de aço sem a menor piedade, e quando chega próximo de matá-lo é interrompido no último instante ao se deixar levar pela razão.



Apocalipse destrói toda a cidade, tudo vem abaixo num nível amedrontador, remetendo o capricho por parte da produção, já neste momento o filme estoura feito pipoca, e há algo muito pior acontecendo na cidade de Metrópolis, mais ainda do que o embate entre esses dois personagens icônicos.

Mulher-Maravilha entre em cena, fazendo pose e pronta para encarar o bicho, a guerreira não faz feio no estilo "girl power".



Prontos para o grande final? Lá vai:
Superman se sacrifica para salvar a humanidade do Apocalipse, mas ele não sobrevive para contar história.




A Liga da Justiça inicia a sua formação, mas com uma grande perda. Batman Vs. Superman é um filme que melhora da metade pro fim, com uma trama bastante densa e ao mesmo tempo coesa, mas com um grande propósito, e claro, a mensagem que ela passa daquele que seria o verdadeiro herói, porém incompreendido pela própria humanidade na qual se sacrificou para protege-lá.

A pergunta que não quer calar:
"ele é melhor do que os filmes da Marvel? Será melhor do que 'Capitão América: Guerra Civil'?

Cabe a resposta taxativa:
Com certeza!

Nota 8,5.


















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