sexta-feira, 8 de abril de 2022

[Filmes que merecem uma segunda chance] - Grito de Horror 3.


Uma lobisomem foge de sua família e se apaixona por um homem que trabalha na indústria cinematográfica, enquanto um sociólogo que estuda essas criaturas procura provas de sua existência.

Não sendo novidade nenhuma para quem acompanhou a franquia de filmes "Howling" desde sua obra original, os filmes posteriores apresentaram qualidades de gosto duvidoso até se tornarem lixos desnecessários que simplesmente se desvencilharam do tom que a segunda e a terceira sequência mantiveram como uma forma de revitalizar a franquia, em outras palavras, Grito de Horror 2 e Grito de Horror 3, são fieis à obra original, embora não possuam a qualidade impecável da mesma, mas são mais promissores do que Howling IV, Howling VHowling VI e do absurdamente hediondo Howling: New Moon Rising.

Se há alguém que de fato conseguiu atingir o mérito de honrar o nome "Howling", este alguém foi Philippe Mora, que criara conceitos diferenciados para que a franquia fosse, de alguma foma, respeitada, mesmo que muitos tenham repudia por Howling II e ainda mais por Howling III. Em Howling II, por exemplo, o contexto da trama se aplica na era pós-punk, o que faz com a sequência do original apresente um humor negro que estava muito dentro da nova onda na época, aliás, até mesmo a trilha sonora de Stephen W. Parsons caiu como uma luva dentro da proposta do filme. Mora, conduz a sua câmera com movimentos bruscos, fazendo o espectador ver através dos olhos dos licantropos, enquanto os pobres humanos tentam salvar suas vidas antes de serem dilacerados.

No Howling original, o personagem de Patrick Macnee tenta socializar os lobisomens fazendo com que eles vivam pacificamente numa colônia, mas graças à personagem temperamental de Elisabeth Brooks, os humanos ainda são os gados dos monstros, e eles não vão parar de matar até que eles possam saciar os apetites vorazes.

Em Howling 3, a trama tem como objetivo enfatizar a existência dos Marsupiais, de resto, o roteiro de Gary Brandner junto com o próprio Mora, deixa a narrativa fluir naturalmente e, sim, os grunhidos monstruosos dos licantropos e a câmera selvagem de Mora continuam sendo um dos destaques. No que diz respeito aos efeitos especiais, Howling III é uma evolução à Howling II, enfatizando um aspecto mais realista nas criaturas.

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