Ultime grida dalla savana.

 

O filme é uma representação de várias cenas, geralmente violentas ou bizarras, que de alguma forma se relacionam com a caça. Cada cenário é apresentado um após o outro, com pouca consideração pela continuidade narrativa. A cena de abertura apresenta um caçador patagônico que caça cervos para sobreviver. Os créditos iniciais são exibidos enquanto ele persegue um cervo, que ele finalmente atira, mata e decapita. Em seguida, uma das inúmeras cenas de encontros anti-caça é mostrada, esta em Cape Cod. A atenção rapidamente muda para a caça à vida selvagem, onde um macaco é morto por um leopardo e, em seguida, um macaco-esquilo por uma sucuri. O tema muda novamente para a caça social de animais selvagens na Austrália e na África. Os aborígines caçam cangurus e outros grandes marsupiais com lanças e morcegos gigantes com bumerangues. Tribos indígenas da África caçam animais grandes, incluindo antílopes, búfalos e elefantes, na savana. Cerimônias religiosas também são mostradas, onde os caçadores africanos sugam sangue fresco das entranhas de um antílope, e os aborígenes australianos enterram simbolicamente suas presas na poeira para aplacar os espíritos dos animais. Por último, dois irmãos são presos após participar de um ritual de uma forma de canibalismo post-mortem de três de seus parentes para adquirir as habilidades de caça dos mortos.

Seguem-se então outras tradições de caça, novamente enraizadas na religião. Os guerreiros da tribo Kuru na África cometem um ato sagrado no qual copulam com o solo na crença de que isso tornará a Terra fértil e produzirá animais para a caça, e uma caça ao veado na França, enraizada nas antigas crenças pagãs dos gauleses , é abençoado por uma missa antes da caça, durante a qual os caçadores e cães perseguem e, por fim, matam um veado em fuga. Em uma caça à raposa, a Wild Fox Association sabota os esforços de caça servindo vinho misturado com um laxante aos caçadores e distraindo os cães com um galgo afegão no cio. Seus esforços são então ligados à conservação das espécies e, para exemplificar que os caçadores estão realmente preocupados com a conservação da vida selvagem, os caçadores argentinos capturam um condor andino para vender a um zoológico. Uma colagem de outros esforços de conservação é mostrada, incluindo a marcação de rinocerontes brancos, ursos pardos e elefantes, que são atingidos com dardos de morfina. Os cervos e elefantes marinhos argentinos estão fisicamente subjugados e marcados. Turistas em safáris africanos passam então a ver os esforços de conservação, que o narrador afirma ter aparentemente negado os instintos violentos dos animais. Esse engano é demonstrado com o espancamento de um turista chamado Pit Dernitz por leões.

Outra demonstração anti-caça torna-se o foco do filme, desta vez na Ilha de Wight. A nudez e a relação sexual são praticadas livremente entre os manifestantes, e isso é contrastado com os antigos grupos de caçadores-coletores, que tinham regras rígidas sobre nudez. O narrador argumenta que, uma vez que a caça deixou esse grupo de pessoas, o mesmo aconteceu com suas regras em relação à nudez. Também se destaca a contradição de que, embora esse povo seja contra a caça, milhares de animais criados em fazendas tiveram que morrer para sustentá-los. O foco muda para os pinguins de Humboldt, que não podem caçar por causa das águas poluídas e, portanto, parecem separados e sem foco. Este efeito é comparado aos esquimós modernos, que não caçam mais desde a descoberta do petróleo em sua terra natal e entraram em depressão e melancolia. Para reverter o processo, vários grupos de homens saem e revivem seus hábitos de caça. Refletido nisso está uma montagem de posse de arma, que o filme relaciona com sentimentos de masculinidade, seguida por tomadas de elefantes furtivos na África. Para compensar o número cada vez menor de caça devido à caça furtiva, guerreiros da tribo Lobi celebram a "Cerimônia da Vida", na qual se masturbam com varas cerimoniais e despejam o produto no rio, esperando que os animais bebam o sêmen e se multipliquem. A atenção muda para grandes sondas eletrônicas na savana peruana, usadas para medir os ventos do El Niño em condições ideais de pesca. As aves pesqueiras também são marcadas eletronicamente para que as principais áreas de pesca possam ser localizadas com base nos hábitos de pesca das aves. Esse frenesi de peixes na América do Sul se reflete na corrida de salmão no Alasca, onde os ursos kodiak caçam e lutam por suas presas.

Segue-se um exame de uma tradição de caça no norte da Europa, onde os falcões ajudam os humanos na caça, capturando animais selvagens, como coelhos e faisões. Outra colaboração com o homem e os animais é destacada, desta vez com chitas. Para demonstrar a velocidade e eficácia da chita, é organizada uma perseguição entre um grupo de chitas e avestruzes, na qual os pássaros são caçados e mortos. Os próximos animais colaboradores são os cães, que caçam javalis na Patagônia, e um puma que atacou um rebanho de ovelhas e um pastor. Nas cidades, porém, os cães vadios são aqueles caçados pelos coletores de cães, o que o narrador afirma demonstrar que a caça ainda está ativa, mas a presa mudou. Os índios também usam cães para caçar macacos, mas seus esforços são comparados aos mercenários caçando os próprios índios para retirá-los de sua terra natal para o desenvolvimento. Em um desses casos, mercenários retaliam contra a morte de um trabalhador, caçando um grupo de índios, um dos quais eles torturam, castram e assassinam. Várias cenas de vida selvagem são mostradas, após as quais orangotangos são caçados para serem vendidos a zoológicos. O filme então termina com a coexistência de homem e animal entre Erik Zimen, um ecologista, e lobos, o grupo de animais que ele deseja salvar.