sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Skinheads, A Força Branca.



Gangues de neonazistas hoje se vê aos montes, e esse filme retrata a realidade desses grupos.

O filme se inicia de forma crua e bastante violenta onde vemos um casal asiático sendo brutalmente espancado pelo grupo liderado por Hando (Russell Crowe, antes de se destacar em O Gladiador)



A revolta de Hando perante os asiáticos se dá por eles simplesmente ocuparem um espaço do qual não pertencem. Por obvio os chinas iniciarão um contra ataque ao grupo.

Mas a vida dos carecas estará prestes a sofrer uma alteração radical com o relacionamento de Hando com a problemática Gabe (Jacqueline McKenzie) que dá um basta aos assédios sexuais provocados por seus próprio pai, fugindo de casa.



O amigo fiel e inseparável de Hando é Davey (Daniel Pollock, fora das telas passou a manter um relacionamento com a protagonista principal e acabou sendo encontrado morto debaixo de um trem)



Davey acaba sentindo uma forte atração por Gabe, mas decide esconder isso do amigo e mesmo sabendo, Hando não dá a mínima, após a invasão dos asiáticos, Gabe no máximo serviu como um encosto que provocou a desunião de todo o grupo.

Como já era de se esperar um filme polêmico desses, a violência corre solta, o momento da rixa entre a gangue de asiáticos é memorável, embalado com trilha de música neonazista.



Enfim, esse é um filme polêmico, cru e provocativo, altamente indispensável na coleção de qualquer prateleira de DVD.


Laranja Mecânica.



Essa é uma obra de Stanley Kubrick (O Iluminado) produzida em 1971, o personagem de Malcolm McDowell faz jus ao título do filme, é um laranjão, o filme se passa em um futuro pra lá de cafona, onde Alex (McDowell) lidera uma gangue de desajustados que tem como único objetivo dar sentido ao caos.

Bom, a gangue de Alex é praticamente uma reunião dos tipos mais esquisitos já vistos.



Mas não demora muito no momento em que o líder é convidado a se submeter a um experimento que tem como objetivo, torná-lo um novo homem (The New Man Of Future)



Alex aceita a proposta mesmo sabendo que seria apenas mais uma cobaia, afinal o que o idiota teria a perder, não é mesmo?

E é a partir desse momento que o filme abre as portas para que o expectador se delicie com cenas ridículas, retardadas, num nível mais politicamente incorreto possível.

O experimento dá errado interferindo no lado mais frágil de Alex, sua mente, além de afetá-lo emocionalmente.



Bom, o que tenho a dizer sobre esse filme é que ele está mais para um musical no nível de "The Rock Horror Picture Show" ou "O Fantasma do Paraíso". Mas é cafona demais da conta e não consegue impressionar tão pouco ser apelativo, apesar do baixo calão por parte das linguagens.

Até hoje ele mantém seu público fiel conquistando cada vez mais adoradores.




quinta-feira, 20 de setembro de 2012

A Inocência do Primeiro Amor.



Essa é uma obra lá dos tempos do extinto VHS, quando se era prazeroso frequentar uma vídeo locadora e alugar todo e qualquer tipo de filme, independente de gênero. Você não tinha nem a capa contendo uma breve sinopse, tudo era por base de determinadas fichas que apontavam apenas o título de cada filme e o respectivo gênero da qual ele pertencia.

E em A Inocência do Primeiro Amor, vemos Corey Haim (que brilharia ao lado de Corey Feldman como mais um desses jovens atores da geração oitentista) ao lado da até então novata Winona Ryder.





Adolescentes vitimas de bullying hoje em produções descartáveis como, "Deixa Ela Entrar", são vistos de forma demasiadamente exagerada. Mas em A Inocência do Primeiro Amor o espectador sente toda a fragilidade por parte de Lucas (Haim), que com seu QI acima dos demais passa a ser perseguido por seus colegas de classe. Os únicos que se importam com ele é Cappie (Charlie Sheen) membro da equipe de futebol e sua amiga Rina (Ryder) que se identifica com a solidão do garoto.



Negligenciado pelo próprio pai, um alcoólatra, Lucas tenta se virar de todas as formas possíveis até conhecer Maggie (Kerri Green de "Os Goonies") uma doce garota que acaba se tornando amiga de Lucas.



Com o passar dos dias, Lucas se apaixona e se dá conta que aquela garota era uma forma dele mostrar aos seus colegas que poderia fazer tudo o que eles costumam fazer, namorar, se divertir e até mais, se apaixonar e poder sentir atração por uma garota mais velha.

Mas para a infelicidade de Lucas, Maggie é alguns anos mais velha que ele, nisso ela passa a vê-lo somente como um bom amigo.

E a situação se complica quando ela se apaixona por Cappie, provocando não só um ciúme em Lucas como também fazendo com que ele arrisque sua própria vida ao entrar para o time de futebol, mesmo não tendo condições físicas para isso.





A trama é simplesmente fenomenal, triste obvio, o que com o passar dos anos se seguiria com produções distorcidas como, "Meu Primeiro Amor", com o Esqueceram de Mim Macaulay Culkin.

Destaque para a trilha sonora por parte de Dave Grusin.

Os Vingadores.



Toda essa reunião dos personagens clássicos das histórias em quadrinhos da Marvel se deu com seu próprio estúdio cinematográfico a partir de:

Homem de Ferro.



O Incrível Hulk (2008)



Thor.



Capitão América, O Primeiro Vingador.



Simples, não? A Marvel construiu uma cronologia própria para as telonas tendo assim um resultado promissor.

Em Os Vingadores, finalmente podemos ver todo o potencial desses personagens, o diretor e roteirista Joss Whedon (Buffy, Toy Story) decide tornar todos esses personagens mais importantes do que eles já eram em suas histórias em quadrinhos.

A princípio, Os Vingadores poderia se tornar uma versão vagabunda de Os Transformers de Michael Bay, os primeiros Trailers apontavam justamente isso.

Mas o resultado final apresenta um trabalho feito com dedicação, os efeitos especiais (por obvio feitos a partir da computação gráfica) são impecáveis assim como as sequencias de ação envolvendo o Gavião Arqueiro. O Incrível Hulk, que até então vinha sendo um personagem de gosto duvidoso nas telonas, aqui rouba cada cena do filme ao lado é claro do irreverente Anthony Stark (Robert Downey Jr.)





A química entre Hulk e Homem de Ferro, do contrário do que se vê nos quadrinhos, aqui funciona perfeitamente, Whedon faz com que o espectador se foque mais neles do que nos demais personagens. E outro fato curioso, até os personagens menos importantes são necessários para o desenvolvimento da trama.



Os Vingadores não necessita de apelação, há cenas violentas? Obvio, a ação é o ponto forte do filme e é lá que você enxerga toda a sua grandiosidade.

É sem sombra de dúvidas a maior adaptação das histórias em quadrinhos para o cinema dos últimos tempos.



quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge.



Poxa, como é chato estrear um Blog com filmes medonhos, se o post anterior foi ruim do ruim, esse não chega a tanto, mas não fica por menos, pois somente por sua seriedade, ele no máximo é ruim.

Nunca fui fã do Batman, tão pouco aprecio suas histórias em quadrinhos, para mim todas as tentativas em mostrar que esse personagem poderia render bons roteiros ou até boas tramas para os cinemas, já fora feitas!

O diretor Christopher Nolan que após O Cavaleiro das Trevas passou a dirigir "A Origem" com Leonardo DiCaprio, decidiu focar o personagem da DC Comics a um nível não só mais adulto como também demasiadamente exagerado.



O que há demais em A Origem tirando os exageros nele contidos? DiCaprio nunca foi lá um ator cujo currículo aponta vários trabalhos promissores.

E nessa sequencia do Homem-Morcego das Trevas, Nolan usa e abusa dos exageros da computação gráfica.

O Cavaleiro das Trevas Ressurge como já era de se esperar segue a mesma premissa do anterior, muito suspense no ar com os personagens mais sombrios e depressivos possíveis.



Essa temática se deu início em Batman Begins, na intenção de Nolan em mostrar que o Batman é um personagem bastante obscuro e claro, baseando-se na fase mais "Underground" do personagem nas histórias em quadrinhos, que se desvencilhava e muito de sua imagem tradicional.



Mas o filme é muito chato, é denso demais da conta, não há personagens carismáticos, o vilão é apático, mas até ai tinha o Coringa no anterior que também não achei nada demais, e não digo isso para defender a versão do Tim Burton (que também acho muito chata)

Mas se caso ele fosse lançado lá na década de 90 só esse filme já seria o suficiente pra humilhá-lo.



O personagem interpretado por Heath Ledger no máximo tentou resgatar aquela boa e velha imagem de vilão sanguinário que se via em décadas passadas e hoje foi simplesmente apagado.





A parte final da trilogia de Nolan se encerra da forma que os fãs queriam (os mesmos que tornaram esse filme hype) tentando ser um Poderoso Chefão das histórias em quadrinhos.

Ainda bem que o diretor apenas anseia por isso.

Ps: detalhe para os momentos toscos ou nada a ver que só sendo "muito fã" para suportar:

O Batman usa uma pistola altamente avançada, mas não consegue parar um motociclista porqueira.

O vilão (Bane) no máximo parece um pinguço, o cara é barrigudo, sem qualquer preparo físico. Detalhe, mesmo assim ele dá uma coça no Batman por fim quebrando sua espinha.

Destaque para os momentos iniciais da fuga do Bane, péssimo uso e escolha de fotografia.

Não há qualquer cena de pancadaria decente no filme, idem as sequencias de ação, tudo mal coreografado.

Uma navezinha cafona que parece ter saído de um episódio tosco de Guerra nas Estrelas aparece no momento da rebelião nas ruas movimentadas da cidade de Gothan.

O Batman se sacrifica para proteger os inocentes da detonação de uma bomba nuclear, por obvio ele morre e outro ocupará o seu lugar.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Os Mercenários 2.



Todo o fã do gênero ação que na década oitentista vibrou com a guerra pessoal de John Rambo em Programado Para Matar, do Ranger J.J. McQuade em O Lobo Solitário, John Matrix em Comando Para Matar ou com o policial canastrão John McClane em Duro de Matar, com os primeiros Dispensáveis já apontou o que estaria por vir.

E olha só, hoje se tem todo um aparato, a fotografia poderia ser tão boa quanto a que se viu na década passada e ainda a grande oportunidade de atrair para os cinemas um novo público para o gênero.

É por isso que em Os Dispensáveis 2 temos o retorno do belga Jean-Claude Van Damme, que após o lendário Bruce Lee, revolucionou as Artes marciais no cinema.



E ainda com o auxílio desses caras, pensa o fã... não poderia ser melhor!







Mas é ai que vem o grande desapontamento, esses Dispensáveis tão quão o anterior se torna chato e cansativo de acompanhar, o filme tem como objetivo se focar na ação explosiva e nada mais, mas o que lamentavelmente se vê é um trabalho tão mal feito que nem no que ele se propõe consegue bons resultados.

Os Mercenários 2 é mais do que ruim, ele é insosso, borra toda e qualquer imagem desses ícones, e ele borra demais. É constrangedor ter de assistir não apenas um filme mal feito mas que não há qualquer coisa nele que proporcione boas risadas tão pouco uma cena memorável.

Se já era difícil ver Stallone e cia em suas péssimas condições, com esse filme ficou 1000 vezes pior. Acredito que assim como o primeiro foi feito para a faixá etária de 10 anos, pois tudo nele remete a um nível pra lá de infantil. Pra falar a verdade nem classificação etária ele deveria ter, ele é público, qualquer um poderia assistir numa boa, ele não causa nada, absolutamente nada.

E o embate do Garanhão Italiano com o Grande Dragão Branco não chega nem perto de mostrar o quão impactante seria esse encontro.



Nada, nenhuma cena como essas por exemplo:





E já fez um vilão bem melhor aqui!



Quanto ao Lobo Solitário, ele só aparece por alguns minutos e em seguida sai de cena reaparecendo novamente em uma tomada fechada.

Nunca mais veremos isso:



Nem isso:



Acredito que não há mais o que falar, Os Dispensáveis (e bota dispensável nisso) no máximo se tornou uma franquia vagabunda que tem como objetivo dar certo por se vender como uma enganação.

Ps: não há mulher no filme, a única que há se torna uma bolacha (ela mete bala pra tudo que é canto)