segunda-feira, 9 de outubro de 2023

Momentos bizarros de O Exorcista: O Devoto.


Sinopse: Quando duas meninas desaparecem na floresta e retornam três dias depois sem nenhuma lembrança do que aconteceu com elas, o pai de uma menina procura Chris MacNeil, que foi alterada para sempre pelo que aconteceu com sua filha há cinquenta anos atrás.


1- Uma entidade misteriosa, que é representada na forma de um terremoto agindo no Haiti, provoca a morte de uma mulher (de cor), mas a filha que ela carregava em seu ventre, sobrevive por conta de seu corpo fechado, já que ela tomou todas as providências para que nada acontecesse com a filha.

2- A entidade que possui as duas meninas, não é Pazuzu, e sim outra que surgiu quando uma das meninas (uma menina de cor) decidiu manter contato com sua mãe (morta) ao invocar espíritos. O filme original de 1973, coloca o Padre Merrin frente a frente com Pazuzu no Iraque, já que Merrin havia sobrevivido ao duelo que teve com o demônio na África, que quase o matou. Do contrário do filme de William Friedkin, a sequência de David Gordon Green falha ao introduzir a entidade que possuiu as duas meninas, já que não sabemos nada sobre ela e seu potencial.

3- Quando as duas meninas se encontram desaparecidas, o pai (de cor) de uma delas começa a presenciar algumas atividades paranormais dentro de sua casa, o que faz com que a mesma se abra para a entrada dos tipos mais esquisitos que adentram em sua residência sem a sua permissão.

4- O roteiro do filme, usa Chris MacNeil (Ellen Burstyn) como massa de manobra para as explicações mais absurdas por parte de uma continuidade retroativa que destrói o que foi estabelecido no filme original: a primeira delas, inclui o "fato" dela não se envolver no exorcismo em Georgetown, por estar ligado ao patriarcado, a segunda, é sobre o desaparecimento de sua filha, Regan, que se sucedeu por anos, sem uma explicação plausível do porquê de seu sumiço... já que Regan abandonou a mãe por não querer ter sua vida exposta publicamente.

5- O exorcismo, é na verdade a força da crença espiritual de cada uma das pessoas que se comprometem a expelir a entidade das meninas. Uma generalização sem precedentes... já que, no filme original, a questão da crença é abordada apenas de forma sugestiva.

6- Um padre, encarregado de ajudar no exorcismo nas meninas, tira o corpo fora... quando ele cria coragem, sua crença não é suficiente para garantir a sua sobrevivência. Uma cena tão bizarra, que fortalece a importância significativa dos demais padres que se surgiram após a obra original... como o padre Philip Lamont de O Exorcista II: O Herege e o padre Morning de O Exorcista III.

7- O pai de uma das meninas, joga parte da entidade no ralo quando o poder das crenças consegue expelir parte do espírito invasor, sem saber que a entidade arrastaria a menina (branca) para o fundo do poço, tirando sua vida.

8- O conservadorismo é alvo de crítica social pelos roteiristas wokes do filme, já que eles passam a ideia de que... mesmo a menina (branca) sendo filha de pais conservadores, isso não é suficiente para que a crença pela salvação seja possível. Para reforçar ainda mais a desonestidade da esquerda atual, as quatro pessoas responsáveis pelo roteiro, impedem que Chris MacNeil veja sua filha Regan... ressaltando a importância de uma família de cor, que é a solução mais conveniente para fortalecer toda uma agenda progressista, enquanto os pais da menina branca devem se conformar com sua perda. Uma forma de destruir a instituição sagrada, que deve prevalecer acima de tudo.

9- Apesar do "empoderamento" da personagem de Jamie Lee Curtis na trilogia do Halloween de David Gordon Green... não há nada nos três filmes que apresente sua personagem como uma sobrevivente preparada para confrontar o mal que a atormentou para depois ser tirada de cena após ser gravemente ferida, que é o que acontece com Chris MacNeil, que deveria estar preparada para isso.

10- As fotos de Regan que o pai da menina de cor observa na residência de Chris MacNeil, são todas fora de contexto com a personagem de Linda Blair, já que as fotos estão relacionadas com a filmografia e arquivos pessoais da atriz, e não com sua personagem no filme de 1973.

sábado, 7 de outubro de 2023

[REVIEW SEM PIEDADE!] - O Exorcista: A Lacração.


O "cineasta" desgraçado e pavorosamente medonho, David Gordon Green, usa e abusa de todos os elementos de O Exorcista para cometer um dos maiores desserviços na safra atual dos filmes de horror. Green, é prepotente, como todo woke... para introduzir novos personagens, ele precisa tirar os velhos de cena, é dessa forma que sua sequência do filme de 1973 funciona.

Se você previu um certo clima infernal na introdução de Ennio Morricone ao Exorcista II, aqui isso é totalmente descartado, não há absolutamente nada demoníaco na sequência de Gordon Green, e isso é algo que a sequência original do clássico de 73 faz de melhor, já que, tanto a obra de William Friedkin quanto a de John Boorman, não desapontam nas cenas de abertura.

É terrível como Green é incapaz de deixar o público aterrorizado, sua sequência só não é tão ruim quanto O Exorcista: O Início, apenas pela contribuição de Ellen Burstyn e Linda Blair, e o que incomoda mais nessa atrocidade, além dos péssimos efeitos digitais e atuações inexpressivas de um elenco insosso, é como a personagem de Burstyn é utilizada na trama para fortalecer a agenda progressista.


O trágico destino de Chris MacNeil (Ellen Burstyn).


O filme de William Friedkin, não é apenas um filme de horror, mas também um drama onde uma mãe precisa encontrar forças para acreditar na recuperação da filha, que havia sido possuída por uma entidade misteriosa. Chris MacNeil (Burstyn), sempre amou Regan (Linda Blair), já que a mesma não possuía o afeto de seu pai, sempre ausente. Na sequência de Gordon Green, Chris escreveu um livro sobre sua experiência traumática em Georgetown, aprendendo tudo o que deveria saber sobre exorcismos e sintomas de possessão demoníaca. Regan, havia se afastado de Chris, com a mesma chegando à conclusão de que a filha estava morta.

Na sequência original de John Boorman, Regan é enviada a um instituto para pessoas especiais, tendo apenas Sharon (Kitty Win) ao seu lado para ajudá-la a livrá-la do trauma que sofrera ao ser possuída por Pazuzu. A sequência de Boorman, soa mais pé no chão do que a de Gordon Green... mãe e filha querem se restabelecer, e para que isso fosse possível, elas teriam que esquecer os eventos traumáticos. A sequência de Gordon Green, enfatiza que Chris permanecera o tempo todo se aprofundando em exorcismos e possessões, apenas para que a mãe de Regan perdesse a visão ao ter os olhos perfurados com a ponta de um crucifixo.

Com Chris MacNeil servindo como a voz da razão para as minorias ganharem destaque, a sequência de Gordon Green, perde completamente o rumo, ainda mais quando ele nem ao menos pensa em dar pistas sobre qual entidade estaria trabalhando no corpo de uma menina (branca) e de outra menina de cor.

A ansiedade do pseudo-cineasta, é tanta, que sua sequência de uma hora e cinquenta e um minutos de duração, passa a mensagem de que personagens brancos devem morrer (sejam homens ou mulheres) para que os de cor ganhem destaque e sejam trabalhados em futuras sequências... porém, nada disso serve de interesse para o público, já que a tática é sempre a mesma em Hollywood.


O emocionante reencontro entre Chris MacNeil (Ellen Burstyn) e Regan (Linda Blair).


Roteiro: Peter Sattler & David Gordon Green.
História: Scott Teems, Danny McBride e David Gordon Green.


Desde a morte de sua esposa, há 12 anos, Victor Fielding criou sozinho sua filha, Angela. Mas quando
Angela e sua amiga Katherine desaparecem na floresta, apenas para retornar três dias depois sem nenhuma lembrança do que aconteceu com elas, isso desencadeia uma cadeia de eventos que forçarão Victor a enfrentar o nadir do mal e, em seu terror e desespero, buscar a única pessoa viva que já testemunhou algo parecido antes: Chris MacNeil.